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Pr. Charles Haddon Spurgeon

02 de Agosto - Manhã

"...aquele que faz todas as coisas, segundo o conselho da sua vontade;" (Efésios 1:11)

Nossa crença na sabedoria de Deus pressupõe e necessita que Ele tenha um propósito definido e claro na obra da salvação. O que teria sido a criação sem seu projeto? Há um peixe no mar, ou uma ave no céu, o qual tenha sido deixado à própria sorte em sua formação? Não, em cada osso, junta, e músculo, nervo, glândula, e artéria, você caracteriza a presença de Deus fazendo tudo de acordo com o projeto da sua infinita sabedoria.

E poderia Deus estar presente na criação, dominando em tudo, e não em graça? Poderia a nova criação ter o volúvel gênio do livre arbítrio a presidir sobre ela quando o divino conselho governa a velha criação? Olhe para a providência! Quem não saberia que nem um pardal cai ao chão sem seu Pai? Mesmo os cabelos da sua cabeça estão todos numerados. Deus pondera com réguas as montanhas de nossas aflições, e com balanças as colinas de nossa tribulação. E poderia haver um Deus de providência e não de graça? Poderia a concha ser ordenada por sabedoria e o núcleo ser deixado à sorte cega? Não; Ele conhece o fim desde o início. Ele vê em seu lugar determinado, não somente a pedra angular que Ele assentou com cores suaves, no sangue de Seu Filho querido, mas Ele vê a posição determinada de cada uma das pedras escolhidas, tiradas da pedreira da natureza, e polidas por Sua graça; Ele vê o todo, da cantoneira à cornija¹, da base ao teto, da fundação ao pináculo.

Ele tem em Sua mente um conhecimento claro de cada pedra que deverá ser assentada no espaço preparado, e quão vasto o edifício deverá ser, e quando a pedra de cume deverá ser trazida à frente com aclamações de "Graça, graça a ela". No final será claramente visto que em cada vaso escolhido pela misericórdia, o Senhor fez conforme Ele havia determinado por Ele mesmo; e que em cada parte do trabalho da graça Ele cumpriu Seu propósito, e glorificou Seu próprio nome.